20 de Novembro, data estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro
de 2003 para comemorar o dia da Consciência Negra. Foi escolhida esta data porque no ano de
1695, morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
A
homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico
representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial.
Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos
representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva
de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por
esta cultura e pela liberdade do seu povo.
A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de
conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na
formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante
nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de
nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e
em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira.
A
abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros
sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da
escravidão.
Quem foi Zumbi dos Palmares
Zumbi dos Palmares é um conhecido líder quilombola. Sua história começa em 1655 com seu nascimento em Alagoas, em um dos mocambos de Palmares. O seu nome vem do quimbundo “nzumbi”, e quer dizer “duende” (no Brasil, a tradução também é interpretada como “fantasma”). Com apenas sete anos, em 1662, Zumbi é capturado por soldados e entregue a um padre (Pe. António Melo) que torna-se responsável por sua formação.
Batizado na igreja Católica como Francisco, ele ajudava nas missas além de estudar Português e Latim.
Aos quinze anos, em 1670, Zumbi foge para o Quilombo dos Palmares onde obtém reconhecimento pelas suas habilidades marciais. Com apenas vinte anos (1675) já é um respeitável estrategista militar e guerreiro, atuando na luta contra os soldados do Sargento-mor Manuel Lopes.
1673 é a data do primeiro registro histórico referente a Zumbi. Seu nome aparece em relatos portugueses sobre uma expedição que foi derrotada pelos quilombolas.
Em 1678 o líder de Palmares, Ganga-Zumba, é chamado a negociar com o governador da Capitania de Pernambuco (Pedro de Almeida). A proposta do governador consistia em dar liberdade para os negros do Quilombo de Palmares perante a submissão à Coroa Portuguesa. Ganga-Zumba aceita, mas Zumbi vai contra essa decisão alegando que não se podia dar a liberdade somente ao povo de Palmares havendo ainda milhares de outros negros sendo escravizados. Por este ato, Zumbi se torna o novo líder de Palmares.
Notando a dificuldade de derrotar o quilombo, contrata-se o bandeirante paulistan Domingos Jorge Velho. Com o apoio do governo, Jorge Velho e seus homens rechaçam Palmares e ferem Zumbi, que consegue fugir. Um ano depois, ao dia 20 de novembro de 1695, Zumbi é delatado por um antigo companheiro – após localizado, ele é preso e degolado.
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